De acordo com a Gympass, plataforma de bem estar corporativo, quase um terço dos trabalhadores no Brasil se sente infeliz desenvolvendo suas próprias funções. A informação foi resultado da pesquisa “Panorama do Bem Estar Corporativo 2022”, realizada para definir se o bem estar é tão relevante quanto o salário para a classe trabalhadora do país. Pode-se dizer que alguns dos motivos que levam a esta conclusão são o descaso das empresas com a saúde física e mental de seus colaboradores, crises econômicas regionais, falta de compensação justa no cotidiano corporativo e, principalmente, as poucas oportunidades de formação acadêmica e atuação no setor mais promissor do mundo nos dias de hoje: o da tecnologia.
É imprescindível dizer que a desinformação sobre os caminhos proporcionados pelo ensino tecnológico também promove a falta de profissionais capacitados para o setor, mas, há também a ausência de empresas que buscam reforçar o ensino gratuito e remoto, capaz de atingir todas as regiões do país. Este é o caso da Mais1Code, projeto educacional que tem o objetivo de promover a inserção de jovens de baixa renda no mercado de trabalho, através de parcerias e patrocínios com grandes empresas do setor. Foi por meio de uma dessas parcerias que a aluna Laiane Cristina encontrou uma forma de ajudar a penitenciária onde trabalha através da formação.
Laiane é moradora de Araraquara e foi uma das selecionadas no processo seletivo desenvolvido através da colaboração da Mais1Code com o SBF, grupo empresarial que comanda grandes lojas de artigos esportivos como Nike, Centauro, ByTennis e Almax Sports. Ela conta que, apesar de se formar na área de engenharia de alimentos, se acomodou em meio ao mercado desanimador: “Com 19 anos passei na Universidade Federal da Paraíba e fui estudar a 3000 quilômetros da minha casa. Voltando a São Paulo, comecei a trabalhar em um frigorífico, mas ganhava um salário muito baixo. Então, resolvi prestar um concurso e me tornar agente penitenciária, mas me acomodei e fiz minha própria zona de conforto”.
A aluna também lembra que não havia cogitado a possibilidade de ajudar as pessoas através do ensino da tecnologia, até conhecer a oportunidade proporcionada pela Mais1Code e o Grupo SBF: “É impressionante o que pode ser feito dentro desta área. Fiquei encantada ao descobrir que poderia desenvolver soluções pra quebrada. Foi então que a vi a oportunidade de adquirir conhecimento, ter um crescimento pessoal e ainda, ser mais funcional no meu trabalho. Acredito muito no poder da educação e como ela é capaz de transformar vidas e abrir portas”.
Além de admirar a iniciativa, Laiane diz que a vontade dos colaboradores em auxiliar os iniciantes e formandos na área também é digna de aplauso: “O que me chama atenção é ver como os gestores e docentes têm dedicação para ajudar quem está começando agora, incentivando os alunos e propondo novos métodos. Estou no quarto ano de uma graduação em Engenharia da Computação e posso garantir que não coloco o ensinamento em prática e nem vivencio a experiência como acontece neste projeto”.
Por fim, a jovem conta como foi impactada pela formação e também, revela que já consegue desempenhar funções e aplicar linguagens que não teve contato anteriormente: “Meu curso não terminou ainda, mas com certeza já conquistei uma certa confiança em programar. É incrível saber que poderei utilizar os aprendizados que adquiri durante a experiência, inclusive, já consegui trabalhar no setor de tecnologia da penitenciária onde trabalho, formatando os computadores e instalando os programas. Sou grata em dizer que este projeto transformou a minha vida e vai viabilizar que eu possa transformar a vida de mais pessoas também”, finaliza.
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